O tema do fecho das maternidades pelo país fora, tem sido muito falado nestes últimos tempos. Já vimos manifestações, peregrinações, marchas lentas, lutos, mas há uma coisa em comum em todas, a indignação com esta medida.
Isso é uma tremenda injustiça e principalmente uma falta de visão, por parte das populações perante esta brilhante medida do governo! Senão vejamos, o país debata-se com o problema do défice e a área da Saúde é um dos maiores buracos negros, desse mesmo défice. Quando isso acontece, qual é a medida correcta a tomar? Cortar no que é supérfulo, no que não é essencial, portanto parece que até aqui estamos todos de acordo...
Vamos continuar a dar o dinheiro dos nossos impostos, em edifícios que só servem para "parir fedelhos"? Ou em quatro paredes que só servem para aumentar a taxa de chumbos a Matemática e de insucesso escolar?
Isso é um desperdício, chega de escolas e maternidades! Ao fechar esses inúteis edifícios, vamos segundo algumas notícias realizar o sonho de 1/3 da população portuguesa e tornar-nos espanhóis. E para quê escolas? Todos concordam que é sensato investir em algo que já somos dos melhores, para não ficarmos para trás. Fechando as escolas vamos subir na tabela dos países com maior taxa de analfabetismo e assim estaremos na vanguarda da Europa e porque não do Mundo? Temos que investir numa área onde já dominamos o mercado!
Com todo esse dinheiro que poupamos, vamos ter verbas para investir onde realmente interessa... Vamos investir nas salas de chuto! Onde vão parar os tais fedelhos que são paridos nas maternidades, passado uns aninhos, quando desistem da escola ou quando nem sequer conseguem saber ler, escrever e contar? Para as ruas, picotar os braços e injectar para a veia!
Acham que é humano deixar os nossos queridos toxicodependentes por aí à chuva e ao frio, debaixo de uma ponte? E ainda por cima têm que se injectar sózinhos e fazem dói-doi, isso é inadmissível! Quer dizer, antigamente os diabéticos tinham contribuições e assistência médica, para injectarem para a veia e os toxicodependentes que são a classe social com maior crescimento nos últimos anos, andava a ser esquecida. Fez-se justiça e acabou-se com tudo isso!
Como com estas medidas todas, o que vão sobrar são médicos e enfermeiros, vamos direccioná-los a todos para as salas de chuto. Quem não sente uma dorzinha no peito, quando vê um toxicodepentezinho fofinho a injectar-se sózinho num canto?
A partir de agora vão existir salas luxuosas, todas mobiladas a ouro tal e qual o Palácio do Saddam e terá que existir duas enfermeiras sexy para cada um. Elas vão injectar a droga com carinho e a seguir vão dar um beijinho onde fica o dói-dói, tal e qual as mamãs quando o seu filhote se aleija, para o toxicodependente não chorar.
Se já antes sobravam professores, com o fecho das escolas ainda mais. O que fazer com eles? Em vez de ensinarem coisas inúteis como a nossa língua, ou Matemática, passam a ensinar coisas úteis às pessoas. Como por exemplo a fazer regras de 3 simples para saber quanto é que custa a heroína por grama, todos os sinónimos que as diferentes drogas têm, como se dispara uma arma, até quando podem cometer crimes e vir cá para fora no dia seguinte, etc.
E preparem-se porque a seguir vêm os serviços de urgência nos centros de saúde e os hospitais. Chega de mandriões que só querem é ficar deitadinhos nos luxuosos apartamentos que são os hospitais, com caminha feita, televisão e comida do bom e do melhor. Quer dizer, num hotel não se queixam de pagar e aqui que para além de ser um hotel, ainda lhes prestam cuidados médicos, já não querem pagar, que vergonha! Começa por as taxas moderadoras, mas não percam o próximo episódio, porque nós também não!
Se Guterres ficou conhecido por ter uma paixão pela educação e deu no que deu, Sócrates será conhecido pela paixão pelas salas de chuto!
sábado, setembro 23, 2006
sexta-feira, setembro 01, 2006
Guardem as Bandeiras
Nós estamos em Setembro de 2006, não estamos? Eu às vezes confundo-me com as datas, com tanta bandeira na janela, às vezes penso que regredimos no tempo e não nos disseram nada. Por isso, venho aqui hoje, oficialmente, pedir a todo o Portugal, que, por favor, tirem as bandeiras dos carros, varandas, janelas e toda a parte da casa que dê para a rua.
Maldito o dia em que o senhor Scolari, com a lágrima no olho, pediu para Portugal apoiar a selecção com bandeira nas janelas. Meus amigos, isto já são bandeiras a mais.
O Euro 2004 passou, e eu com aquela esperança inocente, disse para mim, “ Ah, agora as pessoas vão tirá-las!”, mas não, continuaram lá, nem as tiraram até o Mundial deste ano, já todas rasgadas, algumas já só com a parte verde agarrada, que já nem verde é. A seguir ao Mundial pensei novamente: “Agora é que as vão tirar” e nada. Depois com a mesma mente imaculada apercebi-me que as bandeiras podiam estar ali para apoiar o José Azevedo no Tour de France, o Zé não conseguiu o seu objectivo e as bandeiras permaneceram. O que é que estão a apoiar agora? O “senhor Avelino Silva” no torneio de xadrez a decorrer em Carrazeda de Ansiães? É porque não estou a ver outra hipótese.
Mas uma coisa que me irrita ainda mais é porem as bandeiras ao contrário, isso é imperdoável, o verde fica para o lado esquerdo, até as bandeiras vendidas nos chineses têm aquela dobra para pôr na haste, essa é a que fica para a esquerdo, pensam o quê? “Ai os Chineses são uns aldrabões, fazem as costuras ao contrário, toca tudo a pôr as bandeiras com o vermelho para a esquerda”. E ainda há mais, há pessoa que as põem ao contrário e às avessas, isso era logo dar-lhes uma reguada nas mãos e pô-las a cantar o hino até o Paulo Portas se cansar.
Acabo por aqui o meu pedido e espero que as pessoas com muito respeito pelas nossas cores, ponham a bandeira a descansar em paz.
Invasão às praias
![](http://photos1.blogger.com/blogger/5819/1363/320/cao.jpg)
Desde já, queríamos pedir desculpa a todos devido a esta ausência prolongada, mas temos uma razão para tal. Enquanto que uns certos gatos estavam a apanhar sol na piscina e a repetir grátis, borla e outras palavras que tal, nós, estávamos na nossa eterna missão de elucidar, os dignos leitores, para o nosso tão lindo Portugal! Pois é, fizemos o sacrifício de ir à praia admirar os costumes do “portuga”. Verificámos que no geral, em cada praia portuguesa, existem elementos de quatro grupos: as Tanga girls, os “Bronzeados andantes”, as famílias lancheira Yoplait e os Camarinha. Os grupos Tanga girls e os bronzeados andantes estão interligados, onde há um, há outro; enquanto que as Tanga Girls com as suas respectivas tangas ou fios dental passam o dia deitadas na toalha a esturricar, virando de posição a cada 15 minutos, tudo isto marcado por aquelas galinhas Knorr cronómetros de cozinha , os Bronzeados Andantes são "Action Man" excessivamente musculados, de unhas feitas e "depelados" que percorrem todo o comprimento da praia, mesmo mais que uma vez à procura do quê?.....de umas felizes visões traseiras das Tanga Girls, pois claro!
Depois temos as famílias lancheira que se dividem em dois grupos: as famílias arroz de pato e as famílias ex-arroz de pato. A primeira, tal como muitas famílias portuguesas é composta pelo chefe de família, com uma barriguinha peluda avantajada e sempre sentado numa cadeira de praia com uma cerveja numa mão e o jornal "A Bola" na outra, a sua esposa, muitas vezes chamada “Patroa” e os,fedelhos que têm o dom de molhar pessoas e projectar areia num raio de 20 Km ; esta família, quando chega a hora “do comer”,que é basicamente quando chegam, sacam do arroz de pato e só ficam felizes quando vêm a última rodela de chouriço no fundo prato, sim, porque eles também levam pratos. A Ex-arroz de pato, é igualzinha à referida anteriormente só com uma excepção: não comem arroz de pato, mas sim sanduíches; isto porque a “Maria” viu no programa “Fátima” o Cláudio Ramos a dizer que levar Arroz de Pato para a praia era foleiro, e ela seguiu logo o exemplo do senhor Ramos e foi fazer 50 sanduíches de presunto, queijo da serra e paio, sim porque não se substitui o arrozito assim às três pancadas.
Por fim, temos os Camarinha, uma figura exemplar latina, com tanguinha (pois eles são orgulhosos do seu material, e não deixam uns calções escondê-lo), fio de ouro, quantos mais quilates melhor, o tão estimado caracolinho no peito, um bigode de meter respeito e claro a brilhantina no cabelo, e estão prontos para galar garinas.
E pronto, aqui está o nosso relatório de um longo Verão a trabalhar para os nossos queridos leitores!
Subscrever:
Mensagens (Atom)