terça-feira, abril 25, 2006

Uma aventura na Parfois


Acho que toda a mulher já passou pela aventura de ir à Parfois! Aqui vai uma descrição da ida de uma certa mulher a uma dessas lojas no Norteshopping.
Primeiro, tem que convencer o pai, irmão ou o respectivo companheiro a acompanhá-la, porque nenhuma mulher quer ir sozinha ao Norteshopping. Depois de lhe prometer mundos e fundos, lá consegue arrastá-lo. Pronto! Chegaram! Sobem as escadas rolantes, mas subitamente o seu acompanhante incorpora um espírito de “expert” de máquinas a vapor do sec XIX e diz que vai ler as placas sobre a máquina (coisa que lhe dá para ler sempre que se quer ir à Parfois, estranho!).
Bem, sozinha e indefesa, lá vai ela meter-se na toca do lobo. Aproxima-se da porta; está a abarrotar (novamente, que estranho!); ela tem três hipóteses: ou faz “moche” para cima das pessoas como se estivesse à espera de um metro que era imperativo entrar, ou faz figura de palhaça e gatinha até ao local alvo (sim porque uma pessoa para ir à Parfois, tem que já saber previamente a que local da loja ir, se não está “quilhado” (vide em baixo)); ou espera à porta. Como ela era uma pessoa sensata esperou e….esperou; até que a mulher “volumosa” à sua frente desistiu por falta de ar.
E entrou, estava lá dentro! Agora tinha que pedir mil vezes “com licença” até chegar à zona das carteiras douradas fashions (era o seu sonho!). Passado um quarto-de-hora e já com uma desidratação de 1º grau, conseguiu chegar ao canto. Mas não estavam lá!!!! As desgraçadas das empregadas tinham mudado o sítio para o lado oposto da sala! Receando pela sua vida, desistiu e conseguiu sair da loja já aos encontrões. E lá estava o seu acompanhante à espera: “É inacreditável o que a gente aprende com estas placas, sabias que a máquina está a fornecer calor para o café ali do lado! Então não compraste nada?”

Moral da história: Por favor, senhora ou senhor que inventou a Parfois, ou compra umas lojas maiores onde se possa deslocar decentemente ou opta pela maneira mais económica e começa a distribuir máscaras de oxigénio à porta!

sexta-feira, abril 21, 2006

Homo trolhas trolhas


O trolha, uma classe tão característica na nossa sociedade! Nenhuma cidade, vila ou mesmo terriola no fim do mundo, tem falta d’O trolha. Aquele ser, empoleirado num andaime, com metade do traseiro à mostra, a raspar a tinta da parede, vestido com uma t-shirt de alças, jeans rasgadas da moda e claro, sapatilhas da marca “Aclidas” é uma espécie muito pouco estudada pela zoologia, por isso cabe-nos a nós estar atentos aos seus comportamentos no meio envolvente.
No outro dia, fiz uma grande descoberta: Os trolhas estão a evoluir! Pois é, meus senhores, ouvi um trolha berrar para um dama, que passava na rua : “Ó ratinha quero-te teclar toda!”. Primeiro pensei: “Isto deve ser aquele Síndrome novo, o “Socratis Simplexis””, mas não, os trolhas não estão só mestrados em Informática, como já abrangem outras áreas complexas, tais como:
-Telecomunicações: “Usas cuecas TMN? É que tens um rabinho que é um Mimo!
-Ourivesaria: “ Ó jóia, anda cá ao ourives!
-Religião: “És católica? É que tens um cú, valha-me Deus!”
-Floricultura: “Ó flor deixas pôr?
-Obstetrícia: “Abençoada mãe que pariu esta filha!”
-Culinária: “Ó febra! Chega-te aqui à brasa!” ou “ Deixa-me pôr a minha “palhona” no teu coco”
- Astronomia: “Ó estrela queres cometa?”
- Estratégia e Defesa: “Andas na tropa? É que já marchavas!”
Com este conhecimento todo, quem sente falta dos inofensivos: “Ó Boa!”, “Ó Jeitosa”ou “Ó môr” ?

quinta-feira, abril 20, 2006

"Quem não tem gato, caça com cão e .....bem-cheiroso"


Como lá diz o ditado "Quem não tem gato, caça com cão e .....bem-cheiroso" decidimos começar o nosso blog com...


Dicionário Portuense:

Labajão: sabem o Monstro das Bolachas a comer? Pronto é isso!
Labrego: porco, saloio
Catota: mucosidade nasal sólida

Repa: franja
Bufar: soprar
Encurrilhado: amarrotado
Chusso: chapéu-de-chuva
Basqueiro: muito barulho
Canalha: criancas, miúdos
Aloquete: cadeado
Sapatilhas: ténis
Botar: mostrar, dizer, atirar
Nata: Pastel de Belém, Pastel de Nata
Bolinho de bacalhau: pastel de bacalhau
Borbulha: Espinha, Acne
Cruzeta: Cabide
Estrugido: refogado
Molete: pão
Quilhado: lixado
Bugiar: dar uma volta
Assambarcar ou asarbacar: levar algo emprestado, sem pedir ao dono e com a intenção de se “esquecer”
Acapachar ou Acachapar: o que se faz ao cabelo quando esta tipo juba ou cabeção
Moina: São todos os polícias que passam todo o dia num sítio, de pé, com as mãos atrás das costas, sem fazer nada; a figura do típico português com as mão nos bolsos.
Morcao (pronunciado Morcon): acho que toda a gente já sabe o significado
Bisga: o que os velhos mandam para o passeio quando estão à nossa frente na rua!
Cagaçal ou Pardieiro: barulheira
Escanchar ou escarrapachar: abrir ….as pernas!
Morfar ou emborcar: comer mas não muito delicadamente
Amarfanhar: amarrotar
Gandulo ou manfia: Aquele que não tem vontade para trabalhar e passa o tempo sem fazer nada
Farpar: puff, acho que já esta tudo dito!
Ganapo: miúdo
Esturvar: incomodar
Pingo: café pingado
Paraquedistas: perdigotos
espilrachar: espalhar paraquedistas pela área circundante.
giboiar: o que apetece fazer depois do almoço, dormir, fazer a sesta
alapar: sentar, mas bem sentado!
balofo: gordo
lerpar: “lixar”
briol: frio
grisar: rir-se à força toda
tralho ou terno ou malho: cair; é sempre aquele momento humilhante em que a seguir a ele, a dor da queda é o menos porque só nos apetece esconder num buraco.
safar: apagar com uma borracha
Sarabeco: Sopinha de massa
Mouco: Surdo

Expressões:


"Ta uma tosta" = Está um calor
"Não tussas que mandas bilres"
"Olhar para o galheiro" = “Pastar”= “Não fazer um charuto furado” = “Encher chouriços”
"Fazer a folha"
"Fazer-se ao bife"
"Fazer uma esperinha"
"Come pá frente que tás a botar corpo!"
"Vai-te catar"
"Oh sócio, orienta ai 5 aerós!"
"Oh sócio, estou a ber que bais descalço para casa!"
“Tás-te a lerpar como o cão do Miguel”